blogue da jornalista
Diz a História que, em campanha militar, Napoleão Bonaparte escrevia longas cartas de amor à imperatriz Josefina, pedindo-lhe que não tomasse banho até ele regressar a Paris porque precisava de sentir o cheiro da mulher amada.
Interessante, não acham?
Uma noite inesquecível. Arrebatadora como devem ser os momentos mais marcantes da nossa Vida.
É um dos locais míticos de Paris. Foi construído em 1862.
Chegar a Paris é sempre uma experiência que chega a ser comovente. A cidade faz parte da minha narrativa de vida.
Uma manhã em Paris. O telefone envia o sinal de mensagem: “Dirige-te ao monumento mais famoso de Paris.”
Não tinha outra saída. Emmanuel Macron ou cedia às reivindicações da rua ou perdia a França. O Presidente reagiu tarde mas reagiu. Deu provas inequívocas de que percebeu o significado dos protestos.
França está numa revolta social como já não se via há muitos anos. Não é mais uma contestação em razão da situação económica e social. É um movimento mais amplo que está a colocar o regime sob pressão. Perante a gravidade dos acontecimentos, o poder tem respondido com gás lacrimogéneo.
Quero hoje partilhar convosco o prémio de jornalismo que me foi atribuído pelo Instituto de Lusofonia que funciona em Paris, patrocinado pela Universidade da Sorbonne e pelos ministérios dos negócios estrangeiros e da cultura Franceses. Consideraram-me a melhor jornalista portuguesa no plano internacional.
No avião, de regresso de Paris, vim a ler, como faço quase sempre em viagens pequenas – é o caso. Em Orly, no aeroporto, comprei uma revista fantástica que me vai acompanhar para sempre. É uma edição da “Harvard Business Review” e o tema é a inteligência emocional. Um tema que, de resto, está presente nas múltiplas dimensões da nossa vida. Vou contar-vos tudo nas próximas crónicas. Prometo.
É uma cidade especial para mim. Foi aqui que me “estreei” como enviada especial, na cobertura da primeira eleição de François Mitterrand. Digamos que é também o meu “centro de reabilitação”. Adoro.