Dizem-nos que o tempo ajuda a curar as nossas feridas. Talvez ajude, mas só as que são superficiais, que estão à flor da pele. Outras há que nos acompanham todos os segundos da nossa vida. E com essas, o que fazer? Só me ocorre uma resposta: viver.
As feridas tardam em sarar
Não há como esquecer. As marcas das feridas não desaparecem. Permanecem ocultas, mas estão lá. Mais intensa do que a dor da rejeição, é a dor da indiferença. Sentirmos que aquilo que somos, aquilo que sentimos, que a nossa capacidade de dar e de entrega não comove aqueles que estão perto de nós e que, acreditamos, nos amam.