A sobrevivência da economia real

Começam a circular na Internet apelos lancinantes dirigidos ao primeiro-ministro.

Por um lado, alguns são coerentes. Outros, são contraditórios. Mas há um que me impressionou. É de uma jovem empresária que reconhece não ter condições para manter os seus quinze postos de trabalho. Com a economia parada, só medidas drásticas poderão minimizar os riscos que enfrentam as pequenas e médias empresas. Existindo um problema grave de saúde pública, então que se imponha a quarentena obrigatória mas, simultaneamente, que seja o Estado, bancos e grandes empresas a dar a mão nestes tempos de intempérie. Impostos adiando o pagamento para o segundo semestre do ano. Isenção da taxa de IVA nos bens essenciais, incluindo a electricidade, o gás e a água. Moratórias de créditos e hipotecas remetidos para o segundo semestre ou mesmo para o final do ano. A solução não passa por abrir linhas de crédito quando as Pmes não têm nem irão ter condições nem para pagar capital nem juros.

Tudo isto custa dinheiro. Muito, é certo. Mas será a única possibilidade de se manter a coesão social e de garantir a sobrevivência, o máximo que for possível, da economia real.

O que pensam sobre este tema?

Judite Sousa

Partilhar

Comentários

Artigos de interesse