E a economia?

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Esta “guerra”, como lhe chamou o presidente Francês, tem um nome: um vírus altamente contagioso que deixou paralisado o planeta e modificou completamente a vida das pessoas.

Há vários problemas, desde logo a saúde pública. Se dúvidas existissem sobre a necessidade de um SNS forte e bem financiado, essas mesmas dúvidas dissiparam-se. Nunca como agora foi tão importante o funcionamento da rede hospitalar pública e só podemos, mais uma vez, estar gratos aos profissionais de saúde, que têm sido de um profissionalismo à prova de bala. O que me preocupa também é o impacto que esta crise está e vai continuar a ter na economia real. Um país altamente dependente do turismo, com 90 mil novos postos de trabalho criados nos últimos anos na hotelaria e na restauração, o que é que vai acontecer com hotéis vazios e restaurantes fechados? Quem vai ajudar este sector? Como é que vão ficar os números do desemprego? O que se vai seguir?

E as pequenas e médias empresas que vivem do consumo interno? Se não há produção nem consumo, quem vai pagar os salários? Ainda não ouvimos uma palavra das confederações patronais. E os bancos? Silêncio absoluto. Se as pessoas ficam sem rendimentos, quem vai pagar as hipotecas? Não há respostas.

Por agora, estamos com a nossa atenção fixada no vírus mas a gravidade da situação é bem mais ampla.

O que pensam desta situação?

Judite Sousa

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