Não é fácil estarmos isolados em casa.
Quando é um acto voluntário, é uma satisfação. Tratando-se de uma atitude forcada, tudo se complica. Não podemos estar com os amigos nem com a família. É uma solidão estranha para a qual ninguém estava preparado. E depois existem as saudades. Esta manhã, num programa de televisão matinal, sensibilizou-me o testemunho de uma avó que está sem ver os netos há duas semanas. Ela perguntava ao médico se tinha mesmo que ser assim. E ficou conformada com a resposta: tem mesmo que ser assim.
Não há outra saída. É preciso um esforço suplementar de resiliência para conseguirmos aguentar mais de um mês este quadro clínico, que se tornou uma pandemia à escala globa,l sem que ninguém consiga identificar outra solução que não seja o isolamento forçado.
Custa? Muito. Mas tem que ser. É uma luta pela sobrevivência.
Como está a ser a vossa quarentena?
Judite Sousa
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