Vivemos prisioneiros das novas tecnologias. Já não concebemos a nossa existência sem os telemóveis e a comunicação nas redes sociais. Seria natural que nos sentíssemos mais próximos uns dos outros. Mais fraternos; mais solidários. E, no entanto, nunca como hoje o Eu prevalece sobre o Nós. Nunca estivemos tão auto-centrados. O ritmo das nossas vidas e as exigências que nos são colocadas impelem-nos para uma valorização de valores e princípios que nos conduzem para um individualismo perverso. Sentimos dificuldade com o olhar e com a voz. Preferimos escrever sem termos que vivenciar a comunicação direta. O mundo mudou e nós mudamos com ele. Mas persiste a dúvida: será que essas mudanças fazem de nós pessoas melhores? Não sei. Façamos a reflexão.
Judite Sousa
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